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Tão discutido na mulher, o ponto G também tem suas versões masculinas, mesmo que algumas delas ainda sejam motivo de controvérsias. Ao alcance das mãos, e principalmente dos dedos, eles estão à espera de exploração.


Nas mulheres, todo mundo sabe que ele existe, embora uma boa parte ainda não tenha descoberto muito bem como ele funciona. Quem conhece, garante que o ponto G fica bem ali, na esquina do colo do útero, a mais ou menos uns quatro centímetros da entrada da vagina. Acontece que, ao que tudo indica, os homens também têm o seu. Ou melhor, os seus. O negócio é arregaçar as mangas e mapeá-los. Para nós, que conseguimos encontrar até vaga em estacionamento de shopping no Natal, a tarefa não parece difícil. Muito pelo contrário.

Alguns sexólogos e terapeutas afirmam que o ponto G masculino fica na próstata, logo abaixo da bexiga, um pouco atrás dos testículos. Antes de sair por aí vasculhando as intimidades dos rapazes, é melhor entender como isso funciona. “Antes e durante o orgasmo, um músculo chamado pubococcígeo comprime a próstata, que é uma glândula muito sensível. É essa compressão que dá a sensação de prazer”, explica o sexólogo Joaquim Guilherme de Castro. Mas como o G do ponto vem de Grafenberg, o médico alemão que – sabe-se lá como – o descobriu e não de “genérico”, é preciso muito mais do que bússolas ou livros de anatomia para chegar até lá.

A arquiteta Joana Larin garante que tem experiência no assunto e que as teorias sobre a sensibilidade da tal região misteriosa estão testadas e comprovadas. “Um pouco atrás do saco, naquela região sem pêlos, existe mesmo um ponto, uma elevação, que deixa os homens malucos”, assegura. Ela abre o jogo e conta o seu segredinho para fazer bom uso da descoberta. “Com uma das mãos, segura-se o pênis e com a outra, com os nós dos dedos médio e indicador, faz-se uma massagem circular, variando a velocidade e a pressão dos movimentos. É preciso um pouco de calma e treino para encontrar, mas rapidinho você tem a resposta de que está agradando”, ensina, com toda categoria. Para Joaquim Guilherme de Castro, o caminho é esse mesmo: exercitar. “Não existe uma indicação exata, uma cartografia sexual para tocar esse ponto G masculino. As formas de estimulá-lo são muitas e é tudo uma questão de sensibilidade. Por isso, as mulheres são melhores nessa ‘procura’ do que os homens”, afirma.

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Mesmo assim, há quem diga que o know-how feminino no assunto ande lá um pouco defasado. “Tem muita mulher que se mete a fazer e não tem a menor idéia de onde está mexendo”, reclama o empresário Júlio Coutinho. “Apesar de existirem muito mais homens que também não têm idéia do que fazer com o ponto G feminino”, assume. O jornalista André Cavalcanti, que já experimentou o enlouquecedor poder de fogo da massagem estimulante, não poupa o seu entusiasmo. “Feito por quem sabe fazer, é maravilhoso! Se for na hora H, o orgasmo se prolonga por muito mais tempo. Mas é preciso ter a manha. Senão fica aquele dedo ali, apertando o períneo como se fosse uma campainha desesperada. Aí, é melhor não fazer nada porque, além de tudo, atrapalha”, acredita. Para ele, no entanto, a diversidade de pontos G espalhados pelo corpo masculino é quase tão grande quanto o prazer que eles proporcionam. “Com certeza existem outras mil áreas que podem me levar ao nirvana, como a virilha, por exemplo”, conta. Isso sem falar no protagonista de qualquer história que se passe nesse fálico universo da sexualidade masculina. Ele mesmo, o pênis.

O escritor Eduardo Nunes afirma, sem titubear, que é ali que está o verdadeiro ponto G masculino. “Esse negócio de estar entre o saco e o ânus, isso aí é papo pra boi dormir”, garante. Durante dez anos, ele pesquisou as preferências de homens acima dos 25 anos para o seu livro “Sedução – Uma Estrada de Mão Dupla” e fez descobertas muito úteis para mapear o caminho da felicidade. “O ponto G masculino está no ponto máximo abaixo da glande. Ali é que se concentra toda a sensibilidade. As mulheres precisam saber disso, até para poderem praticar o sexo oral melhor e com mais conforto. Não tem necessidade de ficar ali, se entalando com o dito cujo”, afirma, gerando algumas discussões. O desenhista Caio Ribeiro é um dos que concorda com o escritor, mas até certo ponto. Que aliás, não é exatamente o G. “A glande é o centro de tudo, mas a periferia também é importante. No caso do sexo oral, gosto quando a mulher também vai descendo até a base, tem que fazer uma complementação dos movimentos. E sem esquecer tudo ali em volta, virilha, pernas”, opina.

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Já que fazer uma expedição pelas cercanias também é importante para valorizar e potencializar o ponto G, um pouquinho de espírito de aventura pode render um prazer a mais, explorando regiões nunca dantes visitadas. “Particularmente, com uma mulher topo qualquer coisa que seja excitante, e não excluiria o dedo no fiofó”, assume o administrador de empresas Felipe de Mello. Mas, como era de se esperar, nem todo homem aceita muito bem esse tipo de proposta. “Onde mamãe passou pompom, ninguém bota a mão!”, adverte o consultor de informática Henrique Espíndola. A questão é cheia de controvérsias e assusta até mesmo as mulheres. “Uma vez, no meio da transa, enquanto minha noiva passava a mão na minha bunda, pedi pra ela fazer o mesmo que eu havia feito nela, ou seja, passar o dedo e depois enfiar. Ela estava fazendo só a primeira parte, quando eu disse: ‘enfia’. Ela parou completamente, ficou catatônica. Ela deve ter pensado que eu tivesse tendências homossexuais, o que, aliás, não é o caso”, lembra Felipe.

O sexólogo Joaquim Guilherme de Castro afirma que a região é mesmo tão polêmica quanto prazerosa. “É realmente muito difícil, tanto para o homem quanto para a mulher, aceitar que um heterossexual sinta excitação na região anal, sem que isso signifique que ele também goste de homens. Mas quando disse que a região da próstata tem várias maneiras de ser estimulada, uma delas é por dentro”, explica. Além disso, cientificamente falando, a área é uma comprovada aglomeração de terminações nervosas ligadas ao prazer sexual. Joaquim lembra ainda que, nesses casos, é fundamental que o casal tenha muita intimidade para que a relação não fique estremecida.

Quem não quiser correr o risco de meter o bedelho – ou quaisquer outros artefatos – onde não foi chamada, ainda pode abrir o cardápio e escolher outras várias opções de pontos G, em versões mais leves, mas não menos potentes. “Um beijo na nuca e uma lambidinha na orelha são o que há”, garante o dentista César Costa. “Beijo na barriga me deixa louco. Quando ela vai subindo, pelas laterais, fico sem ar”, confessa ofegante o dentista Sérgio Araújo, revelando mais um ponto desse G ambulante que é o homem.

Texto: Fernando Puga (www.bolsademulher.com)

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